Pandemia

UCPel fará pesquisa estadual sobre a proteção

Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital analisará, em três etapas, como a população está adotando as recomendações da OMS

Divulgação -

A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) fará estudo longitudinal inédito no Estado para conhecer como os gaúchos estão adotando as medidas de proteção individual contra a Covid-19. Dividida em três etapas, a pesquisa irá analisar os hábitos adotados em junho de 2020, dezembro de 2020 e maio de 2021. Ainda fará parte do estudo a avaliação do estilo de vida, da saúde mental, nutricional e econômica de amostra da população.

Chamado de CovidTel-Gaúcho e coordenado pela professora e pesquisadora do Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital da UCPel, Janaína Motta, o estudo irá entrevistar por telefone moradores das 18 cidades, sedes de Coordenadorias de Saúde do Rio Grande do Sul. De cada cidade, 500 números de telefones serão sorteados. Conforme Janaína, através do estudo será possível mapear a adesão das medidas de proteção individual recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como higiene frequente das mãos, etiqueta respiratória (cobrir a boca e nariz com um lenço de papel ou braço ao tossir ou espirrar e não com as mãos) e distanciamento social. “As medidas de proteção pessoal recomendadas pela OMS são extremamente importantes porque também ajudam na prevenção de outras doenças respiratórias existentes, um grande problema enfrentado pelo Estado a cada inverno”, explica.

Para conhecer, avaliar e propor ações permanentes de educação em saúde, o questionário será aplicado em três momentos distintos: no atual - a pesquisa começa em junho -, daqui a seis meses e, novamente, daqui a um ano. A partir dos resultados, será possível identificar quais as medidas preventivas permaneceram sendo adotadas, mesmo após a diminuição do surto da Covid-19, visto que elas também previnem o contágio de outras infecções respiratórias.

De acordo com a coordenadora da pesquisa, os dados ainda poderão resultar em novas ações de educação em saúde voltadas à prevenção da disseminação dessas doenças. Poderá, ainda, subsidiar a tomada de decisões para alocação de recursos e acesso a itens de proteção.

Estilo de vida, saúde mental, nutricional e econômica
Além da utilização das medidas de proteção individual, o estudo proposto pelo Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital irá avaliar o estilo de vida, a saúde mental, nutricional e econômica da população gaúcha no período de pandemia de Covid-19 por um ano. “Os resultados poderão apontar para ‘novos’ modos de atenção, especialmente em relação a educação em saúde, mas também poderão auxiliar no aperfeiçoamento de tecnologias de atenção à saúde”, comenta Janaína.

Informações sobre a saúde mental das gaúchos serão melhor conhecidas. Janaína destaca que a hipótese é encontrar durante a pandemia uma prevalência elevada de sintomas ansiosos e depressivos, bem como alteração do padrão do sono, quando comparados a seis e 12 meses após o começo da pandemia. “No item estilo de vida, acreditamos encontrar maiores índices de sedentarismo, alimentação baseada em produtos industrializados, com pouco consumo de frutas e verduras, refletindo no aumento de peso” analisa.

Além das mudanças alimentares, a coordenadora supõe encontrar maior índice relacionado à insegurança alimentar e nutricional. O item será responsável por avaliar, assim como a qualidade, a escassez de acessos a alimentos em função de questões financeiras.

A pesquisa proposta pela UCPel foi contemplada pelo edital emergencial ‘Ciência e Tecnologia no combate à Covid-19’, lançado no início de abril pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). As entrevistas começarão em junho.

 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Capital exige projeto  de proteção animal Anterior

Capital exige projeto de proteção animal

Bagé libera 100% das atividades da construção civil Próximo

Bagé libera 100% das atividades da construção civil

Deixe seu comentário